A ineficácia em Cibersegurança, paga-se caro!

Desde que a internet começou a ser utilizada globalmente ao nível das organizações e a nível individual dos seus utilizadores, como em todas as tecnologias, coexistiriam em simultâneo as suas vantagens e desvantagens. Para além dos seus inúmeros benefícios, bastará somente uma desvantagem, como o ransomware, para distorcer esta vantajosa realidade.

Considera-se que o primeiro ransomware que surgiu, foi o AIDS em 1989, desde então surgiram outros tipos de ransomware, sobretudo nos últimos anos, como o Wannacry em 2017 e, mais recentemente, nos tempos pandémicos que vivemos, o REvil em 2021, por exemplo.

De acordo com o estudo da Sophos (The State of Ransomware in Financial Services 2021), estima-se que em 2020, as organizações de serviços financeiros de média dimensão a nível global, tenham gastado em média mais de 1,6 milhões de euros para recuperar de um ataque de ransomware. E, ainda de acordo com esse estudo, das cerca de 34% das organizações de serviços financeiros inquiridas, 51% declararam que os atacantes conseguiram encriptar os seus dados.

Segundo a empresa de cibersegurança Check Point, em janeiro de 2021, 72% das empresas portuguesas não tinham políticas de cibersegurança e, em junho de 2021 estimava-se que as ameaças de ransomware teriam aumentado em 70% a nível nacional.

Não só o ransomware, mas também outros tipos de ameaças informáticas, como phishing, worms, keyloggers... são uma ameaça para a segurança dos serviços e dos dados confidenciais. Na maioria das vezes os custos associados à correção de um problema causado por um malware ou outro tipo de ameaça cibernética são muito elevados quando comparados com os custos associados à sua prevenção. Então, criando políticas de boas práticas e instrução dentro de uma instituição, ajudará a reduzir os riscos e despesas associados a um eventual ciberataque.

Em relação à Ciberdefesa, os custos estarão subjacentes aos estados e nações.

inda em 2021, foi debatida a presença do spyware Pegasus (criado por uma empresa israelita-NSO Group) cuja existência esteve sob escrutínio por outras nações, como o governo francês. Também em 2021 se tem vindo a notar uma maior probabilidade do surgimento de uma Guerra Fria entre EUA e China. Neste cenário a ciberdefesa assumirá um papel central.